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domingo, 13 de abril de 2014

Filme Noé? Não é bíblico...


 Ontem fui com minha esposa assistir o controverso filme "Noé". Já tinha lido algo brando da crítica que o filme, por vezes, fugia das transcrições bíblicas. Na verdade nenhuma delas foi clara o bastante para mencionar um mix de Nova Era com Transformers, Mestre dos Magos na Caverna do Dragão e Senhor dos Anéis...
 
 O roteirista criou uma fantasia que nem deveria chamar Noé ou tampouco deveria fazer qualquer referência à Bíblia, por respeito as escrituras, pelo menos.
 
 Surpreendentemente no início do filme, o pai de Noé tinha algo enrolado no braço que me chamou a atenção: uma espécie de fita que dava poder ao homem. Imaginem minha surpresa quando percebi que a tal fita era a casca da serpente que havia enganado o homem no Jardim do Éden...
 
 Na sequência, Noé sonha com morte e água. E fala para sua esposa que não tem certeza daquilo que viu e que deveria ver seu avô. Ao ser atacado por bárbaros, acabam caindo numa terra que ninguém é bem vindo, a terra dos "gigantes de pedra".
 
 Na fantasia, os "gigantes de pedra" são seres celestes que caíram do céu, sendo castigados pelo "Criador", a passarem seus dias na terra por terem tido pena do homem quando pecou e terem tentado ajudar o homem no pós pecado. Primeiramente, os anjos caídos do céu, hoje são os demônios que rodeiam a terra e não gigantes de pedra. Em segundo, os mesmos foram expulsos do céu pelo fato de terem conspirado com satanás a fim de serem iguais a Deus.
 
 Percebam como a sutilidade trabalha para encucar nas pessoas que os demônios são bons e que querem apenas a ajudá-las.
 
 Quando Noé finalmente encontra seu avô, evidencia-se que o velho teria poderes mágicos. Ele fornece um chá de ervas a Noé que permite ao mesmo a adormecer e ter uma visão do futuro, como se o Criador desse uma visão em sonho a ele, onde lhe era mostrado uma cheia de águas na terra que aniquilaria as pessoas. Várias vezes Noé fala no filme que "o Criador" não fala com ele. A Bíblia diz, que Deus disse a Noé:
 
 O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra. Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura.
Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.
Gênesis 6:13-16
 
O texto deixa claro que Noé não se chapou de ervas para ter uma visão, mas sim, Deus falou com ele.

  Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará. Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. Gênesis 6:17-18
 
 Deus deixou claro o que Noé deveria fazer e ainda que estabeleceria uma aliança com Noé e sua família (filhos e noras, oposto ao que menciona o filme onde somente o primogênito de Noé teria esposa) para recomeçar a humanidade, oposto ao filme onde Noé era um assassino e que percebia da parte do Criador que todos deveriam morrer.
 
E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão. Das aves conforme a sua espécie, e dos animais conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida. E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles. Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez. Gênesis 6:19-22
 
 No filme os gigantes de pedra (demônios) construíram a arca. A Bíblia diz que Noé fez tudo conforme Deus mandou.
 
 Quando do dilúvio, os gigantes de pedra, defenderam a arca do ataque dos bárbaros e, por causa disso, acharam benevolência do Criador, retornando ao céu quando "morriam"... Como se fosse um purgatório para eles.
 
 Nem preciso adiantar que o final do filme foi completamente diferente do Bíblico.
 
 Pessoas comentando no cinema ao término do filme que não sabiam ter sido assim, um Noé malvado e perverso...
 
 Queridos, não se deixem envolver com filmes fantasiosos e anti-bíblicos. Eu classifico este como anti-bíblico. Simples, se não é bíblico, é anti-bíblico.
 
 Se ainda tiver alguma dúvida,
 
 
 
Aspectos Anti-Bíblicos no filme Noé:
 
 
Adão e Eva são ditos que tinham só três filhos. Gênesis 5:04 diz que Adão e Eva tiveram outros filhos e filhas.
 
O pai de Noé, Lameque, é morto por Tubal-Caim quando Noé é uma criança. Na Bíblia, Lameque viveu 590 anos depois que Noé nasceu (Gênesis 5:30) .
 
A pele de cobra, aparentemente a partir da serpente no Jardim do Éden, é transmitida como um direito de nascença na linha de Seth. Um símbolo do mal (de Satanás) nunca teria sido uma relíquia de família na linha da humanidade que estava se esforçando para ser fiel a Deus.
 
Um grupo de anjos queria ajudar Adão e Eva depois da queda, e, portanto, desobedecendo a Deus, resultando em serem amaldiçoados. Esses anjos caídos no filme, aparentemente, redimiram-se ao defender a família de Noé e a arca, sendo autorizados a voltar ao céu. Na Bíblia, os anjos caídos se rebelando contra Deus não tiveram nada a ver com eles quererem ajudar a humanidade, e não há oportunidade de redenção nesse caso (Mateus 25:41 ; Judas 6).
 
Noé se diz ser a última pessoa na linha de Seth. Na Bíblia, cada descendente de Seth disse ter tido outros filhos e filhas, incluindo seu pai, Lameque (Gênesis 5:7, 10, 13, 16, 19, 22, 26, 30).
 
Parte da razão para o dilúvio no filme está a ser dita que a humanidade não cuidou do meio ambiente. A Bíblia não indica em parte alguma que o abuso da humanidade sobre a Terra teve alguma coisa a ver com o Dilúvio. Em vez disso, a Bíblia aponta para o mal, a violência e a corrupção da humanidade como motivos(Gênesis 06:05 , 11, 13).
 
Noé não tem certeza do que Deus quer que ele faça, até que Deus o revela em um sonho um tanto nebuloso. Na Bíblia, Deus dá a Noé instruções muito detalhadas sobre o que ele deveria fazer (Gênesis 6:14-22 ).
 
No filme, Noé não acha que Deus quer salvar a humanidade. Em vez disso, Noé vê a si mesmo e sua família apenas como o meio pelo qual Deus preserva os animais. Na Bíblia, Deus deseja explicitamente salvar Noé e sua família para que eles possam repovoar a terra depois do dilúvio (Gênesis 6:8; 7:01 ; 9:1).
 
Apenas seis membros da família de Noé estão sobre a arca: Noé, a esposa de Noé, os filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé, e a esposa de Sem. No relato bíblico, os três filhos de Noé já são casados ​​e suas esposas também estão sobre a arca (Gênesis 7:13), oito pessoas ao todo (1 Pedro 3:20).
 
Tubal-Caim é capaz de esgueirar-se para a arca. Na Bíblia, ninguém além de a família de Noé está na arca. Há lendas não bíblicas sobre alguém estar na arca, mas nas lendas, é O , rei de Basã, não Tubal- Caim.
 
Tubal-Caim, na tentativa de chegar a Cam e fazer parceria com ele, ensina a Cam que Deus deu a humanidade o domínio sobre a terra e tudo nela. Isto é inteiramente verdade (Gênesis 1:26-28). Mas a insinuação deste conceito no filme que está sendo promovida por Tubal-Caim é que é mau acreditar que Deus criou a humanidade para ter domínio sobre a terra.
 
Noé, convencido de que Deus não quer que a humanidade continue, quase mata as duas filhas bebês de Sem. No relato bíblico, Noé não está em conflito se Deus quer que a humanidade sobreviva e nunca teve o desejo de assassinar suas netas (Gênesis 6:08 ; 7:1).
 
Depois do dilúvio, Noé se sente como se tivesse falhado com Deus e, portanto, vive isolado de sua família até que a esposa de Sem o corrige. Mais uma vez, no relato bíblico, Noé sabia exatamente o que Deus queria que ele fizesse.
 
Depois do dilúvio no filme, Cam, aparentemente, nunca mais volta e morre sozinho. A Bíblia não diz nada sobre Cam saindo e alguns registros mostram Cam tendo inúmeros descendentes (Gênesis 10:6-20).




Daniel Schulz
 

domingo, 9 de março de 2014

JESUS, O PRECONCEITO E A MULHER



Neste dia internacional da mulher, vamos examinar um encontro “espanta-preconceitos” de Jesus com uma mulher. À beira de um conhecido poço em Samaria estava Jesus, fazendo um pit stop numa de suas viagens, quando chegou uma mulher para retirar água. Jesus puxa o improvável papo pedindo-lhe água. A mulher se surpreende: “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?”
Talvez hoje esta conversa não nos pareça tão chocante. Mas naquele contexto o diálogo de Jesus com a mulher samaritana era impensável. Primeiro por se tratar de uma mulher, considerada cidadã de segunda categoria. Segundo por ela ser samaritana, povo tido pelos judeus como de segunda classe, com quem eles sequer se relacionavam. Terceiro pela história daquela mulher, que já tinha se divorciado cinco vezes e vivia com um cara que não era seu marido. Se no Ocidente do século XXI esta situação ainda não é muito bem digerida pela sociedade, imagine no Oriente do século I. Quarto pela circunstância de ela estar sozinha. Já pensou se um paparazzi registra Jesus conversando a sós com uma mulher, samaritana e de má fama? Isto poderia lhe render sérios problemas com os religiosos.
Independente de gênero, origem, história ou circunstância, Jesus rompe com todos os preconceitos, vai ao encontro daquela mulher e a trata com a devida dignidade. Ao longo da conversa, registrada em João 4, a mulher reconhece quem é Jesus e deixa que a Mensagem dele transforme a sua realidade e dê nova perspectiva à sua vida. Aliás, a mudança naquela mulher foi tal que toda a sua comunidade foi impactada pela Mensagem de Jesus.
Este é Jesus, Deus sem preconceitos. Este é Jesus, Deus cujo maior prazer é mudar realidades. Mais que exemplo de boa conduta, Jesus deseja ser Senhor e agente de transformação da nossa perspectiva da vida. Se você está longe, à beira ou no fundo do poço, ouça a voz de Jesus iniciando um diálogo com você.
Rodolfo Seifert
Texto original em: http://lampejosdevida.com.br/2014/03/08/jesus-o-preconceito-e-a-mulher/

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O perigo da comparação



“Quem dentre vós que tenha sobrevivido, contemplou esta casa em sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?” – Ageu 2.3

Ageu profetizou cerca de 66 anos depois da destruição do templo. Certamente havia, entre os que o ouviram, alguns homens mais velhos que tinham visto o templo de Salomão em seu esplendor. Esdras 3.12,13 descreve o que aqueles que tinham visto o primeiro templo sentiram 16 anos antes, quando o trabalho de reconstrução começou:

“Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeça de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando a sua vista foram lançados os alicerces desta casa” (Esdras 3.12).

Os homens de Esdras 3, choraram porque viram o templo em sua primeira glória. Quando Salomão construiu o primeiro templo, ele não economizou em materiais, e reuniu os melhores talentos que pode encontrar para fazer a obra. Agora, eles olhavam os fundamentos do novo templo e lembravam do antigo e não tinham como comparar. De fato eles diziam: “...em comparação com o antigo templo, este é como nada aos nossos olhos”.
Esta comparação entre os “bons tempos” e o presente – ou entre a obra de Deus em várias ocasiões e lugares – raramente é benéfica. Não foi nada bom para o povo dos dias de Ageu pensar em quão grandioso era o templo de Salomão em comparação com o seu próprio trabalho de reconstrução. Isto lhes foi desencorajador naquele momento. Frequentemente nossas comparações conduzem-nos ao orgulho ou ao desencorajamento.

Quando nossos dons e recursos são pequenos, nós somos frequentemente tentados a pensar que não podemos fazer nada de bom para Deus.

Nós olhamos para os outros com grandes recursos e talentos e pensamos que eles são aqueles que Deus pode realmente usar e não pessoas como nós – porque tentar então? Nós pensamos que se nós não podemos construir um templo tão grande como o de Salomão, nós deveríamos nos incomodar, construindo de jeito nenhum. A verdade disto tudo é que nada que nós fazemos é realmente digno de Deus – todas as nossas obras, inclusive as de Salomão, não alcançam a perfeição da glória dEle. Então, nós realizamos o que nós podemos e confiamos que o Senhor está tão satisfeito com nosso coração e esforço quanto com a grandiosidade do resultado final.

  A.W.Tozer, considerando a nossa tendência de competir e fazer comparações, sugeriu a  oração:

“Querido Senhor, de agora em diante eu me recuso a competir com qualquer um dos teus servos. Eles têm congregações maiores do que a minha. Que assim seja. Eu regozijarei com seu sucesso. Eles têm maiores talentos. Muito bem. Isto não está no poder deles nem no meu. Eu sou humildemente agradecido pelos seus grandes talentos e pelos meus pequenos também. Eu somente peço que eu possa usar, para Tua glória, este modestos dons que eu possuo. Eu não irei comparar a mim mesmo com ninguém, nem tentar elevar minha auto-estima por algo em que eu exceda um ou outro em Teu santo trabalho. Com isso, eu nego completamente que possua qualquer merecimento próprio. Eu sou somente um servo inútil. Eu me coloco alegremente aos pés da cruz e eu sou o menor do Teu povo. Se eu errar em meu próprio julgamento e realmente subestimar a mim mesmo, eu não me importo. Eu proponho orar pelos outros e regozijar em sua prosperidade como se fosse a minha própria. E de fato é minha se ela é tua também, porque o que é Teu é meu, e enquanto um planta e outro rega, é Tu somente que dá o crescimento.”

Referência: http://adorando.com.br/ListView/1554/1/0/O-perigo-da-comparacao.aspx#.UpEJpGZTvIU

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Para que tanta pressa?

Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”. (Eclesiastes 3.1)
 
Boa parte do mundo está com pressa, sempre correndo. Todavia pouquíssimas pessoas sequer sabem para onde estão indo na vida. Se queremos estar em paz com nós mesmos e desfrutar a vida, devemos para de correr o tempo todo. As pessoas correm para chegar a mais um evento que não possui nenhum significado real para elas, ou não qual nem sequer querem comparecer. A pressa é o ritmo do século XXI. Andar apressado se tornou uma doença de proporções epidêmicas. Corremos tanto que finalmente chegamos ao ponto em que não podemos diminuir o ritmo.
Lembro-me dos dias em que trabalhava tanto, e corria tanto de um lado para o outro, que mesmo  quando tirava férias elas já estavam quase terminando quando eu finalmente conseguia desacelerar o suficiente para descansar. A pressa definitivamente foi uma das coisas que “roubou a paz” da minha vida, e ainda pode ser se eu permanecer alerta à pressão que ela causa. A vida é preciosa demais para passar por ela apressado. Às vezes vejo que um dia passou como um raio. No final do dia, sei que estive ocupada o dia inteiro, mas não consigo me lembrar de ter desfrutado dele, nem sequer um pouco. Por isso, me lembrar de ter desfrutado dele, nem sequer um pouco. Por isso, assumi um compromisso de aprender a fazer as coisas no ritmo de Deus, não no ritmo do mundo.
Jesus nunca estava com pressa quando andou pela Terra, e Deus não está de modo algum apressado agora. Eclesiastes 3.1 declara: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu”. Devemos deixar que cada coisa em nossa vida tenha o seu tempo determinado, e perceber que podemos desfrutar de cada propósito sem pressa de começar o próximo.

domingo, 11 de agosto de 2013

A alegria de ser pai

asaph 1
 
Nos últimos 22 anos, eu vivo a linda experiência de ser pai de dois filhos maravilhosos: Aurora e André. Ela chegou primeiro, e desde o início transformou a nossa vida. Sempre alegre, esperando por um abraço e por um beijo estralado. Ele bem diferente. Quando chegou, a irmã já tinha seis anos e o esperava ansiosamente. Desde cedo foi reservado, sisudo, olhava o mundo com desconfiança e interesse. Um beijo era uma conquista.
 
Rosana e eu fomos vendo que a expectativa de que os filhos fossem pelo menos parecidos, era absolutamente utópica, pois o que descobrimos é que eles são totalmente diferentes.
A gente vai vendo que são justamente estas diferenças que enriquecem uma família e dão a singularidade e até mesmo “cor” a cada um dos membros da mesma. Deus os fez assim, diferentes.
Porém, o que mais chama a atenção não são as diferenças, mas a alegria que a paternidade traz, não uma alegria qualquer, mas aquela que vem junto ao desafio e à responsabilidade. Falei há pouco tempo para uma amiga que acabara de saber que estava grávida, que sua vida iria mudar, e como! Nunca mais somos os mesmos depois da paternidade e maternidade.
 
Ter uma pequena vida pra cuidar é uma bênção e um dos maiores compromissos de um ser humano. Por isso, não adianta ser pai ou mãe antes de saber governar a própria vida, pois breve terá que administrar outra. Creio que aqui temos uma chave para a paternidade: o governo. Não apenas com a conotação de controle, mas principalmente com o sentido de administração, cuidado e principalmente visão e orientação. Um pai precisa saber para onde vai. Se este não souber tampouco seus filhos o saberão. Por isso, temos no mundo tantos filhos perdidos.
 
A Bíblia narra a história de um filho que foi embora por livre e espontânea vontade, gastou tudo que tinha e acabou pobre, cuidando de porcos. Porém, apesar de suas escolhas nunca esteve perdido, pois tinha uma referência segura em sua vida: SEU PAI. Sabia para onde voltar. Um filho que tem um pai verdadeiro, dificilmente se perde, ao contrário, pode dar muitas voltas, mas volta pra casa do pai. O mundo hoje sofre com a decadência e o enfraquecimento da paternidade.
 
O número de filhos sem pais cresce assustadoramente levando os governos a um estado de alarme. Em Porto Alegre, por exemplo, o assunto tem levado as varas de famílias a buscarem soluções alternativas, como as casas de passagem, em que as crianças desamparadas encontrem alguém que possa cuidar delas pelo menos por um tempo, enquanto as autoridades buscam outra solução.
 
Que falta faz um pai, um pai que ame a mãe e os filhos, que traga segurança e direção à sua família. Que falta que faz um pai, que leve sua casa para um lugar ainda mais seguro: para junto de Deus. Por falar nisso, creio que o maior legado de um pai além do que já falei, é a fé. Não apenas a crença religiosa, dogmática e com tradições, mas aquela com princípios bem firmados, que levam a criança a uma edificação interior, a ser grande por dentro, em que a palavra de Deus é o caminho.
 
Dogmas são praticados ou não, podem ser alternativos, mas um caminho que é trilhado por um pai com firmeza e direção, por certo será seguido por seu filho, pois indica uma forma de viver. Por isso, o maior legado de um pai é ensinar ao seu filho no caminho do Senhor, pois mesmo depois de muito tempo não se desviará dele. Com esta certeza eu agradeço a Deus pela bênção de ser pai. Eu sei que, sempre, meus filhos me darão alegria!
 
Feliz dia dos pais a todos os pais!
“Que eu esteja sempre em pé
Quando tudo em volta cai
Honrando sempre a bênção 

 

Asaph Borba

Asaph Borba é jornalista formado pela Universidade Metodista do Sul, é diretor e fundador da “Life Comunicação”, possui 72 discos gravados, três DVDs. Atualmente, investe fortemente no Oriente Médio, onde já gravou 5 CDs e realizou 12 conferências de adoração. É autor do livro "Adoração - quando a fé se torna amor" (Transmundial).
 

Texto extraído na íntegra do endereço web
 http://www.lagoinha.com/ibl-colunista/a-alegria-de-ser-pai/
Acesse e conheça o site da Igreja Batista Lagoinha
 
 

sábado, 3 de agosto de 2013

JESUS e o futebol

Por conta dos criativos regulamentos elaborados pela CBF a Ponte Preta se viu na semana passada numa situação inusitada. Para poder ganhar o direito de disputar a Copa Sulamericana, primeiro torneio internacional da história do clube, a macaquinha teria que perder para o modesto Nacional do Amazonas e ser eliminada da Copa do Brasil. Perder pra ganhar.

Em Campinas, a manchete dos jornais no dia seguinte foi: “Derrota para Nacional do Amazonas garante classificação da Ponte Preta para a Copa Sulamericana”. Perdeu e ganhou.

Jesus falou algo interessante acerca de perder pra ganhar. “Quem quiser ganhar a sua vida, a perderá. Mas quem perder a vida por minha causa, a ganhará” (Mateus 16:25).

A ideia central de Jesus é nos levar a refletir sobre nossas prioridades. Escolhas imediatistas e centradas no nosso interesse pessoal nos conduzirão inevitavelmente ao desperdício da vida. “Que importa ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”, pondera Jesus na sequência. Enquanto nos ocupamos em ganhar a vida, perdemos a alma. Enquanto nos distraímos com os móbiles da vida, deixamos de experimentar o sentido mais profundo da existência. E a vida vai passando. Vamos “ganhando”. E perdendo!

Quanto a perder pra ganhar, nada melhor do que ouvir o relato de Paulo, o apóstolo. Ele compreendeu que a verdadeira vida começa quando deixamos o nosso “eu” morrer e passamos a viver em dependência total de Jesus Cristo (Gálatas 2.20). Ele perdeu tudo, mas ganhou o melhor. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo” (Filipenses 3.7,8). Perdeu e ganhou.

Jesus nos liberta de nós mesmos, ajusta o foco da nossa lente e organiza nossas prioridades. O que era ouro vira esterco.

Perder pra ganhar. Topa?

Rodolfo Seifert


terça-feira, 30 de julho de 2013

Sou feliz por ser católico, evangélico, ou???

Este é o conteúdo de um adesivo que se espalhou pelos vidros dos carros, possivelmente em resposta à perda de adeptos da religião católica para a religião evangélica nos últimos anos. O recado é o seguinte. “Não me importune. Sou católico e quero continuar sendo católico”. Estancar esta migração religiosa e recuperar fiéis é uma das principais missões do Papa Francisco, que embora aparenta não querer, é tratado e venerado como um semi-deus. Em sua visita ao Brasil, o sorridente hermano tem sido cercado por muitos fiéis que se acotovelam pra receber a benção do Papa. Não parecem demonstrar, todavia, a mesma sede de se aproximar do Deus da benção e seguir os passos de Jesus Cristo.

Nas redes sociais também rola um movimento “sou feliz por ser evangélico”. Não parece ser uma frase de resistência aos religiosos católicos, até porque a migração em sentido oposto não tem sido muito comum. Parece-me uma tentativa de atrair ainda mais gente pra uma religião super animada por badalados ídolos vivos, os cantores gospel, e conduzida pela pregação de papastores, donos da verdade (com v minúsculo). Não raro, o que eles pregam é uma peça nos fiéis, pois acham um jeito de usar a bíblia pra falar o que enche auditórios mas não esvazia o inferno.
Note que as afirmações de felicidade se firmam exclusivamente na religião, católica ou evangélica, e se restringem ao âmbito de formas e ritos. Cada uma tem seu papa, seus ídolos, seus vazios rituais. Só tem muito pouco (ou quase nada) de Jesus. Aliás, curioso é que Jesus, em quem ambas as linhas religiosas (em tese) se firmam, é categórico ao combater a falsa religião e o peso que a religiosidade traz ao coração.

A religião é a tentativa do homem se aproximar de Deus. Jesus é Deus se aproximando do homem. A religião ilude e escraviza. Jesus transforma e liberta. A religião fortalece o eu, na medida em que deixa nas mãos do homem as tarefas (rituais) que deve realizar pra agradar e se chegar a Deus. Jesus nos esvazia de nós mesmos, na medida em que traz à consciência nossa real condição, e nos mostra que não há nada que possamos fazer por conta própria pra agradar a Deus. A religião produz uma pseudo transformação de fora pra dentro. Jesus transforma de dentro pra fora. A religião gera hipócritas. Jesus gera amigos chegados. A religião mata. Jesus dá vida.

Como seria bom se a Igreja Cristã voltasse a ensinar e vivenciar o Jesus da bíblia, que nos conscientiza de quem somos, perdoa pecados de graça, transforma tristeza em alegria e devolve perspectiva à vida. Como seria bom se tivéssemos menos evangélicos, menos católicos, e mais cristãos, viciados em buscar conhecer Jesus e seguir os seus passos.

O texto do adesivo seria: “Sou feliz por ter sido perdoado por Jesus.”
Rodolfo Seifert
blogdoseifert.blogspot.com.br